sábado, 18 de dezembro de 2010

Nasceram os filhotes da Marrakech e do Lugh

Lugh World Of The Wendy X Marrakech Moonshine Hill
Nascimento: 20/12/2010,
 No dia do parto
 
Recem nascidos
 
Com 6 dias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Filhotes da Dana Nasceram dia 16/12/2010

Ao todo foram 7 filhotes, 4 fêmeas e 3 machos, 
mãe e filhos passam bem.
Filhotes com 10 dias

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quem Foram os Tuatha Dé Danann ???

“No início havia o Vazio, a vastidão do Nada, 
a supremacia da criatividade não-diferenciada 
Do vazio nasceu o Caos, 
Da união entre o vazio e o caos originou-se Ana, 
a Grande Sonhadora, Criadora e Tecelã dos mundos, 
em cujo ventre fértil resplandeciam estrelas e planetas. 
Da união entre Sonho e o nosso Sol foram criados 
a Mãe Terra, o Pai Céu e o oceano, os ancestrais primeiros. 
Do encontro entre o céu e a Terra surgiram os Seres Brilhantes, 
os Dakinis e os Dakas que trouxeram a luz ao mundo. 
E do ventre de Ana, tocado pela luz das Plêiades, 
nasceram os Tuatha de Danann
o Povo da Deusa Dana.”
Kathy Jones, “The Well of Ana”
 


Os Tuatha Dé Dannan são reconhecidos direta e literalmente como o "Povo ou Tribo da deusa Dana", foram o quinto grupo de habitantes da Irlanda segundo a tradição do Lebor Gabála Érenn (Livro das Invasões). Pensa-se que representam aos deuses Irlandeses Goidelicos; os redactores cristãos reduziram-nos a reis e a heróis históricos. Mais Informações: Wikilingue / Wikipedia / English

Pela impressão que seu culto provocou no inconsciente coletivo dos celtas, fica clara a perseverança na devoção de seus descendentes por sua posterior cristianização como Santa Ana. A veneração a esta suposta avó de Jesus Cristo introduziu-se de forma consistente, principalmente nas Gálias, a partir de tal título religioso. Apesar disso, nos primeiros séculos da existência da Igreja Católica, nem as escrituras sagradas nem os grandes estudiosos da teologia cristã fizeram menção àquela que supostamente seria a mãe da Virgem Maria.

Os primeiros relatos escritos sobre as lendas e as crenças dos povos celtas foram feitos pelos romanos, que invadiram a Grã Bretanha em 55 a.C. Na medida das suas conquistas, eles incorporavam ao seu próprio sistema religioso mitos e conceitos dos povos indígenas, registrando-os, porém, de forma fragmentada e adaptada, em função da localização geográfica e da similitude entre uma divindade local e uma correspondente romana.

Estes registros referem-se aos antigos mitos irlandeses, galeses e escoceses, acrescentando, também, lendas das tribos celtas que tinham chegado posteriormente na Grã Bretanha (cerca de 500 a.C.), provavelmente vindo da França central. Ocultas nas histórias encontram-se reminiscências das tradições pré-celtas, dos povos neolíticos, construtores dos círculos de menires e das câmaras subterrâneas, encontradas em inúmeros lugares nas ilhas Britânicas e na Bretanha ( região do Oeste da França).


Esta herança ancestral, preservada durante milênios pela tradição oral e as práticas religiosas pagãs, parcialmente registrada por historiadores romanos, foi aproveitada, reinterpretada, deturpada e truncada nos relatos dos monges cristãos ao longo dos séculos. Mantendo somente o que convinha à moral e aos dogmas cristãos, os monges reduziram o vasto panteão e a rica simbologia celta a relatos épicos de guerras, invasões, intrigas, traições e atos imorais, perpretados pelas várias raças e tribos, diferenciados apenas pela localização geográfica. Mesmo preservando resquícios das verdades originais, as histórias cristãs minimizaram ou ignoraram a beleza e a sabedoria do legado celta, reduzindo ou distorcendo o seu valor mítico e espiritual. Na visão patriarcal dos monges, as Deusas foram vistas como Rainhas e princesas, os deuses como Reis e Heróis e o significado transcendental foi diluído, modificado ou perdido.


No século XI foi publicado “O Livro das Invenções”, que descreve uma sucessão de 5 povos que teriam vivido na Irlanda antes da chegada dos celtas, os ancestrais dos habitantes atuais.
Nas lendas, estas raças diferentes são descritas de uma forma ambígua, tendo tanto características divinas quanto humanas e sendo apresentadas como deusas, deuses, gigantes, devas e seres elementais ( seres análogos aos de tantos outros mitos de várias culturas e países).
Sem precisar entrar em detalhes da complexa nomenclatura e das vastas descrições das batalhas, o importante é saber que cada uma dessas raças foi vencida e seguida pela seguinte, alternando-se assim seus mitos, suas divindades e sua organização social e religiosa.


A quarta raça - Tuatha de Dannan ou povo da deusa Danu -, apareceu de forma misteriosa: não da terra, de uma direção definida, como outros invasores, mas do céu, simultaneamente das 4 direções. Aterrissaram no dia do Sabbat Beltane e depois fundaram 4 cidades que se tornaram os centros espirituais da Irlanda.
Tanto a sua natureza, quanto a sua origem, permanecem envoltos em mistério, mas sabe-se que seus atributos eram de bondade e luz. Por terem vencido a “escura” e agressiva raça anterior foram por isso chamados de “ seres brilhantes”. Trouxeram ensinamentos e objetos de magia, arte, sabedoria e cura e deixaram como marcos os círculos de menires e os monumentos megalíticos. Após um longo e pacífico reinado eles também foram vencidos pela última raça, os precursores dos celtas; depois da sua derrota se retiraram no interior das colinas sagradas, tornando-se o assim chamado “Povo das Fadas”. É importantíssimo ressaltar que apesar de se traduzir fairy por “fada”, este termo não descreve uma “diáfana figura feminina sobrevoando as flores”. O sentido arcaico de Fairy People refere-se a seres sobrenaturais, com aparência etérica, sim, mas pertencendo a ambos os sexos, jovens que gostavam de música, danças, cores, flores, e abominavam o ferro (comprovação de sua origem anterior à Idade do Ferro).


O maior legado dos Tuatha de Dannan foi o culto da deusa Dana (também conhecida como Danu , Anu ou Ana), considerada a Deusa Mãe, progenitora das outras divindades. Representando a força ancestral da Terra, a fertilidade, a vida e a morte, Dana foi posteriormente considerada como a representação da tríplice manifestação divina, da qual sobreviveu até hoje somente o culto à Brighid, cristianizada e fervorosamente venerada como a milagreira Santa Brígida.


Apesar do seu culto ter sido proibido pelo cristianismo e seu nome aos poucos ser esquecido, Danu está presente em toda a parte da Irlanda, seja nos verdes campos, no perfil arredondado das montanhas, no sussurro dos riachos. O Seu lugar sagrado no Condado de Kerry, chamado Paps of Anu, reproduz, na forma das duas colinas, Seus fartos seios, cujos mamilos são formados por cairns, os antigos amontoados de pedras que foram formados pelas oferendas de pedras levadas pelos peregrinos ao longo dos tempos, em sinal de reverência e gratidão.
Atualmente, com o ressurgimento do Sagrado Feminino, Danu, assim como as Deusas de outras tradições, está sendo lembrada e reverenciada como Senhora da Terra, da água, da abundância, da plenitude da Natureza e da soberania.

A Chegada da Tribo de Danna | Leia o Artigo
A Tradição Feérica e o Povo das Fadas | Leia o Artigo
Invasões Irlandesas | Leia o Artigo

Invasões Irlandesas

A História da Irlanda só começa com São Patrício, autor dos mais antigos documentos escritos no país. Com exceção do alfabeto Ogam (sistema alfabético usado apenas em pedras tumulares) não ha registros de uma escrita celta. 

Invasões Irlandesas | Ver mais

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dana World Of The Wendy

Cor
Fígado / Branco e Canela (Tricolor de Fígado)
Data Nascimento

22/02/2009
RG CBKC/FCI

SPB/09/01339
 




















Quem foi a Deusa Dana?
Danna dos Tuatha dé Dannan 
Deusa Mãe da Antiga Irlanda
Dana ou Anu é a Deusa Mãe da Irlanda, conhecida principalmente como Deusa Terra, Deusa da Fartura e da Abundância.
Também é chamada de Patrona dos Magos, Rios, Água e Poços, segundo as Tradições Irlandesas influencia na Prosperidade, Magia, Fartura e Sabedoria.
Suas Sacerdotizas levavam conforto aos que estavam às portas da Morte e ela é considerada até hoje, a Guardiã do Gado e da Saúde, cuidando também da Fertilidade, da Prosperidade e Conforto. Entre os Povos Antigos também foi conhecida por outros nomes como Anann, Dana - na, Danu, Danann, Grande Mãe, Deusa da Lua e Mãe dos Deuses.

Divindade suprema do panteão celta, mãe dos deuses e dos homens. É a mãe celeste que dança na espiral das estrelas, é a fonte de onde nasceu aquele povo antigo, que trouxe o druidismo à terra das esmeraldas.
Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta.
Seu nome "Dan" significa conhecimento, considerada a senhora da luz e do fogo. 

Há várias interpretações para seu nome, algumas são: "Terra molhada", e uma das mais poéticas: "Água do Céu".É a Deusa da fertilidade. Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça. Seu símbolo mágico é o bastão.

Dia 31 de março é a data de celebrar esta deusa da prosperidade e da abundância. Garante a seus filhos segurança material e justiça.
Dia em que na Irlanda se celebrava a deusa Anu.
Este dia é dedicado á Deusa da prosperidade e abundância.
Os celtas neste dia acreditavam que dava muito azar emprestar ou pedir dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.
Prece para a Deusa Dana
Dana dos mares revoltos
Da luz refletindo nas águas
Nos permita caminhar pelos vãos sagrados do ar
Nos brinde com sua sabedoria
Me permita sonhar com o futuro
Me permita enxergar os lugares obscuros
onde apenas tua luz consegue alcançar
Senhora Mãe dos Deuses
Esteja comigo desde o meu despertar
Me ajude a caminhar pelos caminhos
que os Deuses tecem desde sempre
Me ajude a ser calma diante das indignações
Me ajude a ser fiel a sequência natural de todas as coisas
Me ajude a ser pensante diante das inquietações
Traga a alegria da vida para todas as coisas vivas
Traga a beleza de ser filhos de teu abençoado ventre
E receba meu agradecimento a cada por do sol
Onde a escuridão se curva diante de tua infinita luz
Eu dança em teu nome para celebrar o teu reino
Eu festejo a luz que me orienta e guia
Eu celebro o teu nome Danna dos Tuatha dé Dannan


Fontes:

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lendas e Narrativas Sobre Lugh

A história de Lugh começa com o amor secreto entre Cian ( um Dannan ) e Eithne ( filha de Balor , o Fomoriano ).
Balor, para proteger a sua filha, prende-a numa torre muito alta, inalcansável por qualquer meio a não ser pelo voo. Cian, apaixonado por Eithne, pede a uma Druidesa que o torne capaz de voar sobre uma nuvem em cima da torre.

Meses depois, Eithne dá á luz duas lindas crianças (o que comprova que o pai não era um Fomoriano porque os Fomorianos são seres míticos que não devem muito á beleza ). Balor, preocupado e enfurecido com isto, lança as crianças ao mar.
Mas, uma profecia tinha sido feita anos antes, dizendo que uma criança Fomoriana de sangue Dannan provocaria a morte de Balor e este quis prevenir aquele destino fatal.

Uma das crianças afoga-se e a outra começa a nadar. Esta criança é descoberta pelo Deus do Mar, Mannanann Mac Lir que o envia a uma mulher guerreira e feiticeira, Tailtiu , para ser adoptado e cuidado até chegar o tempo em que o menino estivesse crescido o bastante para voltar com os 4 tesouros do Outro Mundo para derrotar os Fomorianos.

O Jovem Lugh foi então levado por Tailtiu que o ensinou e criou. Ele aprendeu depressa. Ela ensinou-lhe tudo o que pôde e enviou-o a outros para ele aprender o que ela não podia ensinar. Lugh teria então de voltar para Mannanan e cumprir o seu destino.

Quem foi Lugh?

O nome Lugh significa "luz" ou "brilhante".
A ideia de que os guardiões protegiam e defendiam o Planeta Terra, com certeza veio dos pensamentos celtas, pois fica explicito nos estudos que procedem do deus Sol, LUGH.

Lugh é um Deus Celta, representado em muitas Lendas Irlandesas como sendo o triunfo da Luz sobre a Escuridão. Ele é o Guardião legítimo da Lança Mágica de Glorias e era particularmente associado ao uso da funda (arma feita de pele de animal com a qual se lançam pedras ), com a qual matou o seu terrível adversário, Balor.

Lugh é um Deus que está presente em todos os Panteões Celtas.. Em Gaulês antigo tinha o nome de Lugos, e ao longo do resto da Ilha Britânica, é conhecido como Lug. As Histórias e mitos sobre ele diferem em cada região onde é reverenciado de inúmeras formas e através de diferentes ritos.

Principalmente conhecido como Deus do Sol, Lugh também é um Deus Guerreiro, da Medicina, Druida, Bardo, Ferreiro, Cervejeiro, entre outras coisas.
As suas funções identificam-no como um Deus da Guerra e das Artes Mágicas, mas os poetas e todos os artistas também são por ele beneficiados, juntamente com os guerreiros e os magos. As suas armas sagradas em todas as tradições são a funda e a lança. No folclore Irlandês ele é o Pai do grande Herói Cuchulain.

Lugh é um Deus do céu e está fortemente ligado com o fogo, com o Sol e com o tempo. Em várias representações suas, Ele aparece com um Torc ( (peça de joalharia Celta ), e uma lança brilhante, que por vezes aparece como sendo um raio.
Ele é o Deus de todas as habilidades, artes e da excelência em todo o empenho imaginável. Ele é visto como o Protetor e Guia do seu Povo. Animais que lhe são especialmente sagrados são, as águias e os corvos que mantêm vigia sobre tudo aquilo que acontece na Terra. A sua Árvore Sagrada é o Freixo.
Embora ele seja representado das mais diversas formas e com atributos diferentes, existem alguns pontos em comum encontrados nos Mitos sobre Lugh em diferentes Tribos Celtas:

Ele é um Deus Jovem com longos cabelos e com a face brilhante como o Sol
Ele é qualificado em várias Artes
Ele é sobrevivente de gêmeos no nascimento
Ele é adotado em criança (na Irlanda por Tailtu e em Gales por Gwydion)
As suas armas principais são a lança e a funda
A sua associação com pássaros e a capacidade de se transformar neles. Lugh, assim como Morrighan, está associado com corvos e gralhas, embora na mitologia Gaulesa ele se transforme em Águia.

Lugh foi um dos mais populares e difundidos deuses celtas. Várias cidades receberam o nome em sua homenagem. Ele é descrito em vários mitos celtas como um acréscimo tardio a lista de deuses, o último a integrar o Tuatha de Danaan, após realizar várias proezas pra ser considerado merecedor. Ele é sempre descrito como um homem jovem, armado de uma lança de arremesso. Realizavam em sua homenagem um festival chamado Lughnasa.
Lugo/ Lugh - Deus das habilidades. Um Druída médico, magia, reencarnação, relâmpago, água, artes manuais, poetas, músicos, historiadores, iniciações, profecia. Conhecido como o Deus Sol Celta. 
Lendas e Narrativas
Mais Mitos de Lugh
O Nascimento de Lugh | Leia o artigo
A Chegada de Lugh | Leia o artigo
A Demanda dos Filhos de Turenn | Leia o artigo



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encontrei seu Cão

Autor desconhecido 
Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.
Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.